Projeto Quitanda
O desperdício de alimentos é um problema mundial que acontece desde o plantio até a casa dos consumidores e a falta de informação ocasiona grande parte disso. Segundo a ONU, um terço do alimento produzido no mundo vai parar no lixo. Enquanto milhares de pessoas não têm acesso a uma alimentação adequada. A diminuição dessa perda principalmente em países de baixa renda, onde a população gasta cerca de 70% da renda em alimentação, poderia baratear os custos trazendo uma melhoria de vida a essas pessoas.
O acesso a informações era algo não apropriado pela comunidade produtora e rural, mas com o avanço da tecnologia a internet tem chegado ao campo. Sendo assim, todos podem ter acesso ao conhecimento e com isso ter uma produção com menos perdas. Isso significa mais renda ao produtor sem aumentar a área de plantio.
Com base nisso desenvolvi esse projeto com o objetivo de criar um espaço de compartilhamento de informações e experiências entre pequenos produtores, consumidores e técnicos agrícolas. O projeto possui quatro espaços principais abrigando as funções de aprendizagem, comercialização, triagem e compostagem. Utilizando da metodologia do design thinking de serviços o projeto pôde ser detalhado e alcançar um formato replicável.


Contexto
O projeto é composto por quatro espaços principais onde serão organizadas as atividades de comercialização, aprendizagem, triagem e compostagem. Todo o mobiliário e layout foi pensado para que o projeto pudesse atingir o objetivo de ser replicável em outras regiões. Tendo como base os caixotes de feira de madeira facilmente encontrados por todo o país.
Centro cultural
Será o espaço destinado ao treinamento e compartilhamento de informações. A composição dele foi feita de maneira simples possibilitando várias configurações. Foram colocados bancos para as pessoas sentarem e uma estante para servir de apoio a livros e outros materiais de estudo. É um dos espaços centrais do projeto, onde ocorrerão todas as atividades de aprendizagem.
Feirinha
Na feirinha os produtores terão espaço para comercializar os seus produtos e ter contato com os consumidores. Esse contato é de grande importância para ambos estabelecerem esse vínculo e valorização do trabalho dos agricultores. A composição da feirinha foi feita com estandes montados a partir de caixotes de feira padrão. Podendo ser configurada de várias maneiras conforme o produto a ser exposto. Além disso, é de fácil montagem e desmontagem.
Banco de alimentos
No banco, os alimentos em condições de consumo serão destinados às instituições parceiras. Esse trabalho de triagem dos alimentos será realizado pelos próprios produtores, que após as vendas poderão destinar aqueles alimentos que os consumidores não querem por padrões estéticos a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. No projeto, o espaço servirá apenas de local temporário para armazenamento dos projetos até as instituições parceiras realizarem a retirada.
Compostagem
Os alimentos que não estiverem em bom estado de consumo serão destinados à compostagem. Aqui é o último estágio dos alimentos dentro do projeto. A separação pode ser feita tanto pelos produtores como pelos consumidores após a preparação. As composteiras serão fabricadas, também, com caixotes de feira. Após a compostagem, o adubo fabricado será destinado de volta aos pequenos produtores garantindo uma melhor produção e o fechamento do ciclo dos alimentos.







